sábado, 28 de julho de 2007

A Marcha

Estamos às vésperas do retorno da Marcha da Família, com Deus e pela Liberdade. Agora passa a se chamar Movimento Cívico pelo Direito dos Brasileiros. Trata-se de uma fórmula mais elaborada, mais complexa, mas os objetivos são os mesmos.

O movimento foi lançado pela OAB de São Paulo, e conta com o respaldo de figuras importantes da Fiesp e da Associação Comercial paulista, e com a divulgação de televisões e rádios, por ora não melhor especificadas.

A idéia inicial faísca no escritório de João Dória Jr., o Iconoclasta Mor, aquele que destruiu a pauladas o monumento dedicado a Cláudio Abramo, o grande jornalista, em uma pracinha do Jardim Europa. Ali desceu o Espírito Santo, e iluminou os primeiros carbonários da grana, unidos em torno do slogan: Cansei.

Uma campanha publicitária, oferecida de graça por Nizan Guanaes, gênio da propaganda nativa de inolvidável extração tucana, mais badalado entre nós do que George Clooney no resto do mundo, insistirá em peças destinadas a expor o pensamento dos graúdos envolvidos: “cansei do caos aéreo”, “cansei de bala perdida”, “cansei de pagar tantos impostos”.

É do conhecimento até do mundo mineral a quem esses valentes senhores atribuem a culpa por os males que denunciam: nem é ao governo como um todo, e sim ao Lula, invasor bárbaro de uma área reservada aos doutores. Mas o presidente da OAB paulista, certo D’Urso, diz que o movimento não tem conotação política.

Enquanto isso, às sorrelfas, o pessoal pede instruções aos mestres. Alguns ligam para Fernando Henrique Cardoso, outros para José Serra. São os derradeiros retoques da tucanização da elite brasileira, a mesma que sentou-se em cima de um tesouro chamado Brasil e só cuidou de predá-lo, com os resultados conhecidos.

Incompetência generalizada, recorde mundial em má distribuição de renda, baixo crescimento, educação e saúde descuradas até o limite do crime, miséria da maioria etc. etc. Acorda Lula, chama o teu povo. blogdomino.blig.ig.com.br/

Nota:

A Marcha da Família com Deus pela Liberdade foi o nome comum de uma série de manifestações públicas organizadas em resposta ao comício realizado no Rio de Janeiro em 13 de março de 1964, durante o qual o presidente João Goulart anunciou seu programa de reformas de base (reforma agrária, educacional, fiscal, administrativa, bancária e urbana -, sem as quais, julgava, o Brasil não poderia romper a barreira do atraso e da miséria). O movimento congregou segmentos da classe média conservadora defendendo os interesses dos latifundiários, banqueiros e industriais favoráveis à deposição do presidente da República e ao golpe militar.

A elite está cansada!

Jussara Seixas

A elite sofreu um duro golpe no governo Lula. Eu explico. Antes eram privilégios da elite, das classes AB, o carro próprio, a viagem de avião, a universidade particular, o restaurante, as viagens nos fins semanas e feriados, os quartos de hotéis, os shoppings.
Agora, após 4,5 anos de governo Lula, tudo isso deixou de ser privilégio.
A geração de empregos, a estabilidade econômica, o controle da inflação, o aumento da renda e a facilitação do crédito permitem que os brasileiros das classes CDE também usufruam dessas benesses.
A elite foi obrigada a dividir seu bembom com outras classes, e isso está incomodando muito, porque essa gentinha AB é altamente preconceituosa. Os shoppings e supermercados sempre cheios, os aeroportos e rodoviárias lotados de passageiros, o trânsito cada dia pior com tantos carros nas ruas: a elite está inconformada, cansou.
Um fulano que se diz representante da elite, chamado João Dória Jr., que no ano passado promoveu almoços para arrecadar recursos para a campanha do tucano Geraldo Alckmin à presidência, diz que está cansado. Tão cansado que vai lançar uma campanha, "cansei", juntamente com a OAB, Fiesp e outras tralhas do gênero.
Conhecido por reunir convidados famosos em festas e eventos, o dondoca João faz questão de manter seu visual tão impecável quanto suas duas mansões, uma nos Jardins e outra em Campos do Jordão. Só usa camisas feitas sob medida (com colarinho italiano e monograma) e ternos Ermenegildo Zegna. Generoso, o dondoca João não economiza gorjetas quando um serviço lhe agrada. No Rancho Doria, sua mansão em Campos do Jordão, ao voltar de um passeio a pé, os hóspedes têm seus tênis limpos por um empregado antes de entrar na sala: o dondoca João é muito chic. Além de ser um empresário muito bem sucedido, o dondoca João já foi secretário do turismo da prefeitura no primeiro governo Covas (83-86) e presidente da Embratur no governo Sarney (86-88). Teria sido ministro do Alckmin.
O dondoca João está cansado de ficar longe do poder, odeia o presidente Lula, cansou desse governo que faz de tudo para melhorar a vida dos menos favorecidos e dos pobres. (brasilmostraatuacara.blogspot.com/)

Falha humana

Ainda que o acidente com o vôo 3054 da TAM só tenha ocorrido devido a uma série de fatores, uma falha humana está na origem da tragédia, como informa reportagem desta semana da revista Veja. De acordo com a revista, o comandante Kleyber Lima, que pilotava a aeronave no momento do acidente, havia deixado o manete (equipamento que controla a aceleração da turbinas) em posição incorreta na hora do pouso.