quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Os 62% e Tropa de Elite

Se a pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas estiver correta, 62% dos usuários de drogas pertencem à classe A - renda familiar superior a 25 salários mínimos/mês (9,5 mil reais) - e 85% são de cor branca.

Intitulado "Estado da Juventude, Drogas, Prisões e Acidentes", a pesquisa foi feita com base em um estudo do IBGE, de 2003, e revelou ainda que o consumo de drogas atinge principalmente os jovens: 50,7% dos consumidores declarados de drogas no Brasil têm idade entre 20 e 29 anos.

Se assim for, Padilha está correto. O filme por ele dirigido, Tropa de Elite, foca a questão da violência sob o ângulo policial e levanta a parcela de culpa do usuário de drogas, no complexo mundo do tráfico. No filme, quem aparece como os grandes usuários são as classes média e alta do Rio de Janeiro.

Padilha fez um golaço: levantou a polêmica, ampliou o debate e fez as classes média e alta saírem mais preocupadas do cinema. A pesquisa da FGV só veio reforçar a visão do filme. Os usuários, em sua maioria, são ricos, brancos e jovens. Uma boa parte está na universidade: 30 por cento dos consumidores.
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ONU aprova resolução contra bloqueio de Cuba

A Assembléia Geral da ONU aprovou, ontem, quase por unanimidade, uma resolução...
A Assembléia Geral da ONU aprovou, ontem, quase por unanimidade, uma resolução que condena o bloqueio econômico dos Estados Unidos contra Cuba que já dura 45 anos. A resolução, intitulada “Necessidade de por fim ao bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos contra Cuba”, foi aprovada por 184 votos a favor e quatro contra (dos EUA, Israel, Ilhas Mar-shall e Palau, na Oceania). A Micronésia se absteve.

Esta é a décima sexta vez consecutiva que a Assembléia Geral da ONU condena o criminoso bloqueio dos Estados Unidos a Cuba e foi a maior votação contra o bloqueio desde 1992. www.zedirceu.com.br

terça-feira, 30 de outubro de 2007

O rolo do Rolex

Por Zeca Baleiro

No início do mês, o apresentador Luciano Huck escreveu um texto sobre o roubo de seu Rolex. O artigo gerou uma avalanche de cartas ao jornal (Folha de S.Paulo), entre as quais uma escrita por mim. Não me considero um polemista, pelo menos não no sentido espetaculoso da palavra. Temo, por ser público, parecer alguém em busca de autopromoção, algo que abomino. Por outro lado, não arredo pé de uma boa discussão, o que sempre me parece salutar. Por isso resolvi aceitar o convite a expor minha opinião, já distorcida desde então.

Reconheço que minha carta, curta, grossa e escrita num instante emocionado, num impulso, não é um primor de clareza e sabia que corria o risco de interpretações toscas. Mas há momentos em que me parece necessário botar a boca no trombone, nem que seja para não poluir o fígado com rancores inúteis. Como uma provocação.

Foi o que fiz. Foi o que fez Huck, revoltado ao ver lesado seu patrimônio, sentimento, aliás, legítimo. Eu também reclamaria caso roubassem algo comprado com o suor do rosto. Reclamaria na mesa de bar, em família, na roda de amigos. Nunca num jornal. Esse argumento, apesar de prosaico, é pra mim o xis da questão. Por que um cidadão vem a público mostrar sua revolta com a situação do país, alardeando senso de justiça social, só quando é roubado? Lançando mão de privilégio dado a personalidades, utiliza um espaço de debates políticos e adultos para reclamações pessoais (sim, não fez mais que isso), escorado em argumentos quase infantis, como "sou cidadão, pago meus impostos". Dias depois, Ferréz, um porta-voz da periferia, escreveu texto no mesmo espaço, "romanceando" o ocorrido. Foi acusado de glamourizar o roubo e de fazer apologia do crime.

Antes que me acusem de ressentido ou revanchista, friso que lamento a violência sofrida por Huck. Não tenho nada pessoalmente contra ele, de quem não sei muito. Considero-o um bom profissional, alguém dotado de certa sensibilidade para lidar com o grande público, o que por si só me parece admirável. À distância, sei de sua rápida ascensão na TV. É, portanto, o que os mitificadores gostam de chamar de "vencedor". Alguém que conquista seu espaço à custa de trabalho me parece digno de admiração.

E-mails de leitores que chegaram até mim (os mais brandos me chamavam de "marxista babaca" e "comunista de museu") revelam uma confusão terrível de conceitos (e preconceitos) e idéias mal formuladas (há raras exceções) e me fizeram reafirmar minha triste tese de botequim de que o pensamento do nosso tempo está embotado, e as pessoas, desarticuladas.

Vi dois pobres estereótipos serem fortemente reiterados. Os que espinafraram Huck eram "comunistas", "petistas", "fascistas". Os que o apoiavam eram "burgueses", "elite", palavra que desafortunadamente usei em minha carta. Elite é palavra perigosa e, de tão levianamente usada, esquecemos seu real sentido. Recorro ao "Houaiss": "Elite - 1. o que há de mais valorizado e de melhor qualidade, especialmente em um grupo social [este sentido não se aplica à grande maioria dos ricos brasileiros]; 2. minoria que detém o prestígio e o domínio sobre o grupo social [este, sim]".

A surpreendente repercussão do fato revela que a disparidade social é um calo no pé de nossa sociedade, para o qual não parece haver remédio -desfilaram intolerância e ódio à flor da pele, a destacar o espantoso texto de Reinaldo Azevedo, colunista da revista Veja, notório reduto da ultradireita caricata, mas nem por isso menos perigosa. Amparado em uma hipócrita "consciência democrática", propõe vetar o direito à expressão (represália a Ferréz), uma das maiores conquistas do nosso ralo processo democrático.Não cabendo em si, dispara esta pérola: "Sem ela [a propriedade privada], estaríamos de tacape na mão, puxando as moças pelos cabelos". Confesso que me peguei a imaginar esse sr. de tacape em mãos, lutando por seu lugar à sombra sem o escudo de uma revista fascistóide. Os idiotas devem ter direito à expressão, sim, sr. Reinaldo. Seu texto é prova disso.

Igual direito de expressão foi dado a Huck e Ferréz. Do imbróglio, sobram-me duas parcas conclusões. A exclusão social não justifica a delinqüência ou o pendor ao crime, mas ninguém poderá negar que alguém sem direito à escola, que cresce num cenário de miséria e abandono, está mais vulnerável aos apelos da vida bandida.Por seu turno, pessoas públicas não são blindadas (seus carros podem ser) e estão sujeitas a roubos, violências ou à desaprovação de leitores, especialmente se cometem textos fúteis sobre questões tão críticas como essa ora em debate.

Por fim, devo dizer que sempre pensei a existência como algo muito mais complexo do que um mero embate entre ricos e pobres, esquerda e direita, conservadores e progressistas, excluídos e privilegiados. O tosco debate em torno do desabafo nervoso de Huck pôs novas pulgas na minha orelha. Ao que parece, desde as priscas eras, o problema do mundo é mesmo um só - uma luta de classes cruel e sem fim.

Texto na Folha de S.Paulo de hoje, seção Tendências/Debates
JOSÉ DE RIBAMAR COELHO SANTOS, 41, o Zeca Baleiro, é cantor e compositor maranhense. Tem sete discos lançados, entre eles, "Pet Shop Mundo Cão".

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Quem não quer a CPMF

. Quem não quer a CPMF já quis: os tucanos inventaram a CPMF.

. Quem não quer a CPMF são aqueles que querem fazer o “desmanche” do Estado (*) e de suas políticas sociais.

. Quem não quer a CPMF é quem não aceita que a saúde do brasileiro melhorou – por causa do dinheiro da CPMF.

. Quem não quer a CPMF não se conforma com a última Pesquisa de Amostra Domiciliar, PNAD, do IBGE, que mostrou que a renda da metade inferior da pirâmide de renda cresce mais que a metade superior.

. Quem não quer a CPMF é quem não se conforma com a idéia de que, segundo a PNAD, a desigualdade de renda – o índice de Gini – melhorou.

. Quem não quer a CPMF é quem acha que o mercado é mais eficiente para dar hospital e escola.

. Quem não quer a CPMF quer o “Caixa Dois”, porque a CPMF é o melhor imposto para “flagrar” o “Caixa Dois”.

. Quem não quer a CPMF quer matar o Governo Lula de fome e impedir que ele faça o sucessor.

. Quem não quer a CPMF não quer que o PAC vá para a frente, porque, para manter os investimentos sociais, sem a CPMF, será preciso cancelar obras do PAC.

. Quem não quer a CPMF quer “starve the beast” – “fazer a besta morrer de fome” (*2)–, o grito de guerra dos neoliberais: tirar recursos do Estado até ele morrer de inanição.

. Quem não quer a CPMF é o pessoal que quer ficar rico com “other people’s money” – o dinheiro dos outros –, a forma clássica de a elite branca (e separatista, no caso de São Paulo) brasileira “administrar” o Estado.

. Quem não quer a CPMF quer que as favelas do Rio desapareçam do mapa, jogadas no Rio da Guarda, e não aceitam que, sob inspiração de Leonel Brizola, as favelas se transformem em bairros – sem violência, sem tráfico, e com serviços sociais.

. Quem não quer a CPMF gostaria de nomear o Coronel Ustra diretor-geral da Polícia Federal, para só prender “preto, pobre e p...”

. Quem não quer a CPMF toma café da manhã na pracinha e lê a revista Veja, todo domingo.

(*) Sobre o “desmanche” do Estado, recomendo a leitura de “O Ex-Leviatã Brasileiro”, de Wanderley Guilherme dos Santos, Editora Civilização Brasileira, 2006: “Em nome de sua modernização e de melhor desempenho na economia globalizada, o poder executivo teve 30% de seus quadros eliminados em sete anos (de 1995 a 2002), talvez a maior leva de demissões da história da administração pública em nação sem passado socialista.”

(*2) Sobre a Teologia do Neoliberalismo, aqui imposta pelo Governo do Farol de Alexandria, à semelhança de Salinas no México; Fujimori no Peru; e Menem na Argentina, recomendo a leitura de “A Brief History of Neoliberalism”, de David Harvey, Oxford University Press, 2005. Harvey lembra que a Teologia do Neoliberalismo começou no Chile de Pinochet dos “Chicago Boys”, e depois se “globalizou” com a aliança Thatcher-Reagan. Harvey demonstra que a Teologia Neoliberal nasceu como resposta ao aumento da renda da metade inferior da pirâmide de renda, com as políticas sociais do Pós Guerra. Portanto, o santo padroeiro de quem não quer a CPMF é Augusto Pinochet.

Paulo Henrique Amorim conversa-afiada.ig.com.br

Martinho da Vila fala sobre Lula. E fala bonito

O senhor do samba Martinho da Vila, aqui na Revista Caros Amigos.
Em um trecho da entrevista ele diz:
Vinícius Souto – O senhor acompanha o governo Lula?

MARTINHO DA VILA: "O Lula é um governo que vai ficar para a história, porque o brasileiro fez uma revolução pelo voto. Botou um trabalhador no governo, com tendência esquerdista.
Todos achavam que seria uma confusão e não é.
Falavam que era um analfabeto, o Lula tem pouca escolaridade, mas é mais culto que nós todos aqui.Dispõe de uma cultura política que não é mole não, muitos anos de campanha, de vivência.Às vezes fala de mercado internacional sem pegar papel, fala do problema do Japão, da Índia, tem muita informação.
O que é cultura? Cultura é muita informação, não escolaridade.Um cara que é um médico famoso, é sumidade naquilo, no geral fica fora.
Há outros fatos, o Lula priorizou nesse período a diminuição da pobreza, a classe média sofreu um pouco mais.
Outra coisa, por exemplo, é a primeira vez que tivemos ministros negros, mulheres mandando: Benedita, Matilde Ribeiro, Gilberto Gil, Orlando Silva dos esportes, Marina Silva, o ministro do Supremo etc.
Nunca houve na história do Brasil, é um espelho, isso é importante.
Antigamente, quando se tinha um filho, falava-se “esse aqui pode ser qualquer coisa”, mas nunca podia imaginar que poderia ser presidente da República.Qualquer trabalhador pode sonhar hoje. "

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

40 anos da morte de Che Guevara

Há 40 anos, no dia 9 de outubro, morria o comandante Che Guevara. Tombou no seu posto de combate pela libertação econômica, política e social da América Latina.

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Os novos antropófagos - Artistas da periferia de São Paulo lançam sua própria Semana de Arte Moderna

Manifesto da Antropofagia Periférica

A Periferia nos une pelo amor, pela dor e pela cor. Dos becos e vielas há de vir a voz que grita contra o silêncio que nos pune. Eis que surge das ladeiras um povo lindo e inteligente galopando contra o passado. A favor de um futuro limpo, para todos os brasileiros.

A favor de um subúrbio que clama por arte e cultura, e universidade para a diversidade. Agogôs e tamborins acompanhados de violinos, só depois da aula.

Contra a arte patrocinada pelos que corrompem a liberdade de opção. Contra a arte fabricada para destruir o senso crítico, a emoção e a sensibilidade que nasce da múltipla escolha.

A Arte que liberta não pode vir da mão que escraviza.

A favor do batuque da cozinha que nasce na cozinha e sinhá não quer. Da poesia periférica que brota na porta do bar.Do teatro que não vem do “ter ou não ter...”. Do cinema real que transmite ilusão.

Das Artes Plásticas, que, de concreto, querem substituir os barracos de madeira.

Da Dança que desafoga no lago dos cisnes.
Da Música que não embala os adormecidos.
Da Literatura das ruas despertando nas calçadas.
A Periferia unida, no centro de todas as coisas.
Contra o racismo, a intolerância e as injustiças sociais das quais a arte vigente não fala.
Contra o artista surdo-mudo e a letra que não fala.
É preciso sugar da arte um novo tipo de artista: o artista-cidadão. Aquele que na sua arte não revoluciona o mundo, mas também não compactua com a mediocridade que imbeciliza um povo desprovido de oportunidades.
Um artista a serviço da comunidade, do país. Que, armado da verdade, por si só exercita a revolução.
Contra a arte domingueira que defeca em nossa sala e nos hipnotiza no colo da poltrona.
Contra a barbárie que é a falta de bibliotecas, cinemas, museus, teatros e espaços para o acesso à produção cultural.Contra reis e rainhas do castelo globalizado e quadril avantajado.
Contra o capital que ignora o interior a favor do exterior. Miami pra eles? “Me ame pra nós!”.
Contra os carrascos e as vítimas do sistema.
Contra os covardes e eruditos de aquário.
Contra o artista serviçal escravo da vaidade.
Contra os vampiros das verbas públicas e arte privada.
A Arte que liberta não pode vir da mão que escraviza.
Por uma Periferia que nos une pelo amor, pela dor e pela cor.

É TUDO NOSSO!
Sérgio Vaz
Poeta da Periferia

Leiam excelente matéria publicada na revista Época sobre a literatura produzida na e pela periferia! Lindo! Exuberante!
Clique aqui para ler.

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

DEM o mais corrupto do Brasil

O DEM (ex-PFL) é o partido campeão de cassações por corrupção nos últimos sete anos, segundo estudo feito pelo Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), que conta com o apoio de entidades de representação da sociedade civil e organizações sociais e religiosas.

O estudo foi divulgado nesta quinta-feira (4) e contabiliza 623 cassações de mandatos políticos do ano 2000 até 9 de setembro de 2007, englobando quatro eleições, sendo todos os casos relativos a acusações de corrupção.Nesse número, não estão incluídos políticos que perderam cargos em virtude de condenações criminais. Do total de 623 cassações registradas, quatro são de governadores e vice-governadores, seis são senadores e suplentes, oito deputados federais, 13 deputados, estaduais, 508 prefeitos e vice-prefeitos, além de 84 vereadores.

O ranking é liderado pelo Democratas, com 69 casos, ou 20,4% do total. Em segundo lugar aparece o PMDB, com 66 casos, ou 19,5%, enquanto o PSDB aparece em terceiro lugar, com 58 ocorrências, ou 17,1% dos casos. O PP aparece em quarto lugar, com 26 casos, ou 7,7% do total, seguido pelo PTB (24 casos, ou 7,1%) e PDT (23 ocorrências, ou 6,8%). O PT aparece em décimo lugar, com 10 casos, ou 2,9%.

quarta-feira, 3 de outubro de 2007


Protestos contra a revista VEJA

Dezenas de jovens se reuniram em frente à sede da Editora Abril na capital paulista, nesta terça-feira (02) para protestar contra a matéria da capa da Revista Veja “Che, a Farsa do Herói”. Cantando palavras de ordem como “Esse Panfleto, Ninguém Respeita: Revista Veja é Partido da Direita”, os manifestantes queimaram mais de 60 exemplares antigos da revista.(do Portal Vermelho)

Big Brother lidera o 13º Ranking da Baixaria na TV

A coordenação da campanha "Quem Financia a Baixaria é Contra a Cidadania" divulgou ontem o 13º Ranking da Baixaria na TV, que analisa os programas televisivos que receberam maior número de reclamações. O campeão de denúncias foi o Big Brother Brasil 7, da Rede Globo, em razão de reclamações que incluem a exposição de pessoas ao ridículo, discriminação, vocabulário inadequado e apelo sexual.Em segundo lugar, vem o programa Pra Valer, da Rede Bandeirantes, que recebeu muitas das reclamações, a maioria por incitar a discriminação religiosa e a violência contra animais. A novela Pé na Jaca (Rede Globo) ficou em terceiro lugar no ranking da baixaria, seguido pelo programa A Tarde é Sua (Rede TV). Em quinto lugar, figurou outra novela Paraíso Tropical, da Globo.

A campanha foi lançada em novembro de 2002 e já registrou um total de 31.875 denúncias, sendo que, de janeiro a agosto deste ano, foram contabilizadas aproximadamente 2 mil reclamações de telespectadores insatisfeitos com a qualidade e a falta de ética da programação televisiva, além do desrespeito aos direitos humanos. As denúncias foram analisadas pelo Comitê de Acompanhamento da Programação, formado por representantes das mais de 60 entidades que assessoram a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara na campanha.O presidente da comissão, deputado Luiz Couto (PT-PB), destacou que a sociedade brasileira "quer dar um basta" à baixaria. "Os resultados mostram que a campanha é muito importante para o país. A população não aceita mais cenas de sexo, desonestidades e incitação à violência", afirmou.


Segundo Luiz Couto, a população está atenta à programação da televisão. "Ela quer programas de qualidade. Quer programas que tragam o reforço a valores como honestidade, liberdade, paz, justiça e dignidade do ser humano. Isso prova que a própria campanha vai levando as pessoas a perceber que é preciso combater esse tipo de programa. Afinal de contas, somos nós que estamos financiando", disse.Couto defendeu ainda a necessidade de classificação indicativa dos programas de televisão. "É preciso ter algum critério. Não podemos aceitar que um programa como o Big Brother, que em Brasília passa às 21h, passe no Acre às 19h. É preciso ter adequação do horário de acordo com o fuso horário", disse.


Para o presidente da comissão, a TV Pública, anunciada pelo governo federal, deve provocar a elevação da qualidade da programação. "Será um elemento de confronto. E isso explica a reação da mídia privada, que não quer um sistema público de comunicação", afirmou.


O que é:
A campanha "Quem Financia a Baixaria é Contra a Cidadania" tem como um de seus principais instrumentos de atuação a divulgação do ranking dos programas que receberam maior número de reclamações, fazendo assim ecoar a voz da opinião pública que é decisiva para provocar mudanças na programação televisiva.A décima terceira sistematização dos programas mais denunciados estão disponíveis no site www.eticanatv.org.br. (jorgecorrea-correando.blogspot.com)