sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Ato pela educação


ATO PELA EDUCAÇÃO PÁRA CENTRO DO RIO

Manifestantes levaram mais de duas horas para fazerem o percurso e mostrarem as demandas à população

Por Raquel Junia - raquel@fazendomedia.com


"Educação como Prática da Liberdade"


Do alto do carro de som, diversas frentes do movimento estudantil mais o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) falavam em ampliação do investimento em educação pública e em uma aliança campesina-estudantil. No ato do dia 22 de agosto, quarta-feira, cerca de 600 pessoas saíram da Igreja da Candelária e foram até o prédio do Ministério da Educação (MEC), no Centro do Rio de Janeiro. No percurso, uma parada em frente ao prédio da Companhia Vale do Rio Doce para exigir a reestatização da empresa.

A atividade fez parte da Jornada Nacional em Defesa da Educação Pública, que no Rio de Janeiro, também contou com outras atividades. No dia 20 de agosto, o MST ocupou o Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). E, no dia 21, o movimento se dirigiu ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) com reivindicações ao órgão também referentes à educação. Até o dia 24 de agosto, outras atividades estão previstas em vários estados.

"A ocupação do IFCS foi uma forma de questionar a função da universidade na sociedade. O conhecimento deve estar a serviço da população", fala Fernanda Matheus, do setor de educação do MST. Segundo ela, estudantes e professores da URFJ ajudaram a construir o processo de ocupação da universidade.

70 assentamentos no Rio e apenas 10 escolas

Esse foi o dado mencionado por Fernanda sobre a dificuldade de acesso à educação das crianças que fazem parte do movimento. A audiência com o Incra no dia 21 teve como tema o repasse de verbas federais para a educação. O MST pede que o dinheiro disponível para a construção de escolas rurais seja repassado ao Incra e não aos governos estaduais ou municipais.