segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Mineiros deixam as pequenas cidades

População do estado cresce 5,4%, em sete anos, mas 371 municípios com menos de 170 mil pessoas perdem moradores. Migração e queda na taxa de fecundidade são as causas.

A população de Minas Gerais cresceu pelo menos 5,4% em sete anos: passou de 17.891.494 pessoas, em 2000, quando o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) fez o último censo, para 18.865.785 habitantes em 2007. São 974,3 mil a mais, mas esse aumento não ocorreu em todas as 853 cidades: o número de moradores encolheu em 371 municípios.

As duas cidades que estão no topo e no fim da tabela são do Centro-Oeste de Minas. Na última posição está a pequena Tapiraí, a 266 quilômetros de Belo Horizonte, cujo carro-chefe da economia é a agropecuária, o que justifica a população rural de 40,3%.

“Entre 1991 e 2000, a taxa de crescimento (populacional) do Brasil foi de 1,6% ao ano. Em Minas, de 2000 a 2007, ficou em 1,12%. Isso se deve à queda na taxa de fecundidade. Se o indicador cai, o da natalidade o acompanha. Assim, o crescimento vegetativo diminui”.

O principal reflexo do êxodo é a redução da população em alguns municípios e o aumento em outros, como ocorreu com Nova Serrana, a 120 quilômetros da capital e com IDH de 0,801. A cidade lidera o ranking da taxa média geométrica anual no estado, com indicador de 5,68. Boa parte desse número se deve aos migrantes, que ajudaram o local a registrar uma explosão demográfica nos últimos sete anos, quando a população aumentou de 37,5 mil para 55,15 mil. Maioria dos novos moradores de Nova Serrana foi atrás de emprego.
Fonte: Estado de Minas