sábado, 14 de julho de 2007

Quem vaiou Lula?

Indícios sobre as vaias

Eduardo Guimarães
http://edu.guim.blog.uol.com.br

Aos poucos, vai ficando mais claro o por que das vaias a Lula na abertura dos Jogos Pan-Americanos. Tenho a esperança de que algum órgão de imprensa independente vá fundo nesse assunto, porque os indícios de que o prefeito do Rio, Cesar Maia (PFL), usou dinheiro público para tentar desmoralizar Lula, são gritantes.

Há testemunhas que relatam indícios que precisam ser investigados. Não se espera que a mídia tucana (Folha, Globo, Estadão, Veja etc) se interesse pelo uso político de dinheiro de todos os brasileiros por adversários de Lula. Corrupção, para a mídia, só se a suspeita pesar sobre o presidente da República, seu partido e seus aliados.

Vamos aos indícios:

1º - A mídia está divulgando que os preços dos ingressos para a cerimônia de abertura do Pan ficaram entre R$ 20 e R$ 250. O objetivo é claro: pretende-se insinuar que os que vaiaram Lula são de todas as classes sociais. Não é bem assim. Segundo o portal Globo.com, os preços das entradas da Abertura do Pan foram de R$ 20, R$ 100, R$ 150 e R$ 250. Contudo, já no dia de abertura da venda de ingressos nas bilheterias do Maracanã, os de R$ 20 já estavam esgotados. Só havia os mais caros. Não se sabe, ainda, onde foram parar os ingressos “populares”. Mas há indícios, como vocês verão no 2º item.

2º - Estão me chegando incontáveis relatos de que o prefeito Cesar Maia (PFL) promoveu ampla distribuição dos convites mais baratos para funcionários da prefeitura do Rio, sobre os quais ele detém poder de coação. Uma boa investigação descobrirá facilmente se o povão carioca não pôde assistir a cerimônia de abertura do Pan porque os ingressos de preços populares, que custam dinheiro público, foram entregues à claque de Maia.

3º - Estou recebendo vários relatos de que no dia da cerimônia de abertura do Pan, uma expressiva quantidade de ônibus lotados de funcionários da prefeitura do Rio saíram dessa mesma prefeitura rumo ao Maracanã. Com que ingressos os servidores públicos foram ao estádio se tais ingressos estavam “esgotados”? E por que saíram DA PREFEITURA?

4º - Há, no You Tube, um vídeo que mostra que as vaias a Lula foram “ensaiadas” um dia antes da cerimônia de abertura do Pan. Luiz Carlos Azenha divulgou em seu site o link para o vídeo :
http://republicavermelha.blogspot.com/2007/07/blog-post.html

A hipótese de as vaias a Lula terem sido orquestradas, é gravíssima. Polícia Federal e Ministério Público têm obrigação de investigar. O dinheiro dos ingressos supostamente doados a funcionários da prefeitura do Rio, o custo dos ônibus que saíram da prefeitura do Rio com funcionários designados para puxar vaias contra Lula, se tudo isso se confirmar, terá havido crime. Será uso de dinheiro público para fins políticos de grupos privados.

O silêncio da mídia sobre o assunto constitui excelente indício de que essa bomba é poderosa e pode estourar. O feitiço poderá virar contra o feiticeiro. Se acontecer, será lindo.

sexta-feira, 13 de julho de 2007

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Biblioteca Gratuita

DIVULGUEM ...

Uma bela biblioteca digital, desenvolvida em software livre

Imaginem um lugar onde você pode gratuitamente:

· Ver as grandes pinturas de Leonardo Da Vinci ;

· escutar músicas em MP3 de alta qualidade;

· Ler obras de Machado de Assis;

· ou a Divina Comédia;

· ter acesso às melhores historinhas infantis e vídeos da TV ESCOLA e muito mais

Esse lugar existe!

O Ministério da Educação disponibiliza tudo isso,basta acessar o site:

http://www.dominiopublico.gov.br/

Só de literatura portuguesa são 732 obras!

Vamos divulgar.

Brasil no caminho de potência olímpica

Veja resposta do presidente Lula em entrevista hoje no globo.

De que forma o governo pretende atuar para que o Brasil se torne uma potência olímpica?

"Estamos juntando os programas que cuidam da juventude para que possamos apresentar um projeto mais abrangente e ver se é possível atender 4,5 milhões de jovens deserdados da estrutura do Estado. As escolas e universidades precisam ser dotadas de centros esportivos para que na escola a pessoa seja levada a fazer a primeira opção esportiva".

O governo brasileiro pretende consolidar uma política nacional para a juventude e o Ministério do Desenvolvimento Social divulgou ontem que prepara a extensão do Bolsa-Família para 1,6 milhões de jovens entre 15 e 17 anos.

Protesto contra a violência marca início do PAN

A data de abertura dos Jogos Pan-americanos do Rio de Janeiro, 13 de julho, marcará também a realização de um ato pacífico contra a violência policial que tem afetado seriamente a população pobre da cidade. A manifestação terá início às 11 horas da manhã e será em frente à sede da Prefeitura carioca, na Avenida Presidente Vargas (Centro). Um enorme esquema de segurança, incluindo a invasão de favelas, foi montado para afastar a população mais pobre das áreas dos jogos o que tem resultado em mortes e atos de terrorismo contra a população.

O ato quer chamar atenção para o fato de que os Jogos têm servido de justificativa para ocupações militares em bairros pobres, expulsão violenta de milhares de famílias de suas casas (localizadas ao redor dos estádios e vilas olímpicas), perseguição mais intensa aos vendedores ambulantes e aos que vivem nas ruas.

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Cotas na UFSC

O Conselho Universitário da UFSC decidiu, em reunião realizada na manhã desta terça-feira, reservar 20% das vagas, já a partir do próximo vestibular, para estudantes oriundos de escolas públicas e 10% para negros, também formados em colégios de caráter público.

O terrorismo do apagão

Vale a pena ler importante artigo de Ronaldo Bicalho, do Grupo de Economia da Energia do Instituto de Economia da UFRJ, enviada ao Blog de Luis Nassif.
"O anúncio da liberação do licenciamento prévio das duas usinas hidrelétrica do rio Madeira tem uma série de conseqüências relevantes que devem ser analisadas. Contudo, uma, em particular, me parece relevante, face à sua importância para o debate transparente e democrático das opções estratégicas do país no campo energético. Trata-se da maneira irresponsável, que beira a leviandade, com que é tratada a ameaça de um novo apagão no país. O dia de ontem começou com o anúncio, em um diário de grande circulação, de um apagão ameaçador, e terminou com o anúncio da liberação das usinas. Assim, os mesmos que diziam pela manhã que a vaca ia para o brejo, à noite afirmavam que agora não ia mais. E o pobre do cidadão que se vire no meio desse imbróglio.
(...) A possibilidade de ocorrência de uma situação de desequilíbrio entre oferta e demanda de eletricidade depende de um conjunto nada trivial de eventos, que vai de quanto a economia brasileira vai crescer nos próximos anos até as possibilidades reais de entrada em operação das plantas geradoras movidas a energias renováveis do PROINFA, passando pelo regime de chuvas, pela disponibilidade de gás, pelo licenciamento ambiental, etc. Para ficar apenas nos mais óbvios.
(...) O importante é discutir o que as sustenta, de forma a aclarar o debate, tornando-o mais honesto e transparente. Trocando em miúdos, são feitas previsões bombásticas pela imprensa que não se realizam, e nada é dito depois sobre as razões pelas quais elas não se realizaram. Por outro lado, configurações bastante favoráveis, que contribuem inesperadamente para evitar situações mais graves, são apresentadas como corriqueiras e naturais, de forma a sancionar determinadas políticas.
(...) O objetivo central da política energética é garantir o suprimento de energia. Para que isto seja alcançado é preciso construir um aparato institucional que possa sustentar um conjunto de ações e decisões que viabilize a sua consignação. A pergunta fundamental hoje no Brasil é: as instituições brasileiras associadas ao setor elétrico são capazes de conceber e implementar as decisões necessárias a garantir o suprimento de eletricidade nos próximos anos?
O essencial da questão aqui é que instituições fracas podem ser incapazes de lidar com um risco de déficit de 5%, ao passo que instituições fortes podem construir saídas para um déficit de 20%. Em outras palavras, um motorista ruim pode capotar a 10 km por hora, enquanto um bom motorista pode fazer uma curva a 100 km por hora.
A traumática experiência brasileira com o racionamento de 2001 gerou uma mudança institucional que buscou fortalecer a capacidade de coordenação das nossas instituições. Nesse movimento surgiram desde a obrigatoriedade da contratação centralizada da demanda das distribuidoras, via leilão, até a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), passando pela criação da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Somando-se a isso, a manutenção do Operador Nacional do Sistema (ONS), da Agência Reguladora de Energia Elétrica (ANEEL) e do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), tem-se uma configuração institucional que, a princípio, apresenta condições melhores de fazer face aos desafios da coordenação setorial do que a que estava presente no período que antecedeu a crise de 2001.
Se considerarmos que a relação com as empresas estatais envolvidas com o setor, em termos de mobilização de recursos para evitar o pior, hoje é menos contraditória do que era na década anterior, pode-se afirmar que quando se contempla a capacidade de coordenação e mobilização de ações, decisões e recursos para garantir o suprimento de energia elétrica, constata-se que o quadro atual é melhor do que já foi. No entanto, isto não significa que os problemas acabaram, mas, simplesmente, que hoje eles estão colocados em outros termos.
A clareza sobre essa transformação essencial do setor elétrico brasileiro é fundamental para se evitar dois equívocos que geram lamentáveis conseqüências. De um lado, encontram-se aqueles que pensam que nada mudou, e seguem com os mesmos diagnósticos e prescrições, baseados na certeza do fracasso; de outro, acham-se aqueles que pensam que a simples mudança já traz embutida a solução, gerando uma perigosa imobilidade, baseada na certeza do sucesso. Desse modo, chega-se a duas conclusões simplórias: faltará energia porque este Governo é ruim, ou não faltará energia porque este Governo é bom.
Nesse sentido, o dia de ontem sintetizou esses equívocos corriqueiros no trato com os desafios atuais do setor elétrico brasileiro, que, de fato, produzem mais confusão e calor, do que entendimento e, literalmente, luz.
O que importa é que, no setor elétrico, nós estamos em um jogo que está sendo jogado; se vamos ganhar ou não é cedo para dizer. O importante aqui é estar jogando; e a liberação do licenciamento significa que estamos jogando. Portanto, vamos prestar atenção no jogo e nos jogadores, e não ficar fazendo profissão de fé nesse ou naquele time. Enfim, o jogo é jogado e o lambari pescado. O resto é conversa pra boi dormir e para rolar uma especulaçãozinha básica no preço da energia elétrica, porque afinal ninguém é de ferro."

terça-feira, 10 de julho de 2007

Mídia Golpista?


Agora, muitos deram para ridicularizar a expressão “mídia golpista”. Mas esquecem que esta se trata de apenas uma figura de linguagem. E que, se tem ficado tão conhecida, é porque ela tem cumprido a sua função. Linguística. Não se trata de um conceito científico (embora poderia, sim, se transformar em objeto de análise científica), mas de uma expressão que vem se tornando muito popular.
De qualquer forma, alguns dados científicos recentes têm vindo reforçar a consistência da expressão mídia golpista. Na última pesquisa do Ibope sobre a popularidade de Lula, há a pergunta se as pessoas vêem o noticiário mais negativo ou positivo sobre o presidente. A resposta é, claro: negativo. Ao mesmo tempo, as pessoas estão mais positivas em relação ao país e ao governo. Ou seja, a mídia está se distanciando cada vez mais da opinião pública, embora ela ainda se pretenda sua portadora.

Na verdade, as pessoas pensam que, quando se acusa a mídia de golpista, está-se apenas censurando sua posição partidário-política. Não é isso. No mundo todo, jornais têm opinião e se alinham com esta ou aquela força política. O que vem acontecendo no Brasil (e creio que também deve acontecer em outros lugares, existem golpistas em toda parte) é que a mídia vem agredindo o próprio conceito de jornalismo, e exercendo uma função de elemento de forte instabilidade política. Que a mídia é anti-Lula e anti-PT a gente está careca de saber. O que realmente nos revolta é que ela vem rasgando qualquer ética jornalística na tentativa de causar prejuízo político a seus adversário. E com isso desinforma. Desestabiliza. Prejudica a democracia, a economia, a política. E, sobretudo, prejudica o próprio respeito que muita gente nutria pela imprensa. O Brasil precisa da imprensa, por isso é triste vê-la se auto-imolar nessa histeria irracional anti-petista. Como se o mundo do PSDB fosse muito melhor…

São milhares de exemplos. Todos os dias, os exemplos estão lá. Vou dar apenas um. Por ocasião da greve dos alunos da USP, alguns setores da mídia, o setor dominante, mais reacionário, posicionou-se de forma particularmente violenta contra os alunos e a favor do governo estadual, presidido por José Serra, do PSDB. Vejam só, alinhou-se contra jovens civis, estudantes, professores e funcionários, exercendo plenamente sua cidadania. No caso dos operadores de vôo que vem realizando motins sistemáticos contra a aviação aérea brasileira, não vi nenhum editorial violento contra os mesmos. Mesmo se tratando de militares. Não. Houve uma nítida tentativa de estabelecer o governo federal como único responsável. As companhias aéreas não têm culpa. Os operadores não têm culpa.

A tese sobre a mídia golpista não é um delírio. Observamos, todos os dias, na montagem das editoriais, nas fotos, nas manchetes, na linha das matérias, no curso das investigações jornalísticas, uma tentativa de manipular a consciência do cidadão no sentido que o jornal quer. Mais que isso. Observamos que o próprio jornalismo é violentado, com meias-verdades assumindo o lugar de verdades inteiras.

Temos vários exemplos disso. Aliás, eu queria muito que os jornais fossem atrás daquele caseiro, o Francenildo, para tentar provar se o dinheiro que ele recebeu era mesmo de seu padrasto…
Escrito por Miguel do Rosário. oleododiabo.blogspot.com/





Decálogo para falar mal de Hugo Chávez

Lembrete pendurado na frente de jornalistas da mídia oligárquica:

1. Devo falar mal de Hugo Chávez porque ele recupera o papel do Estado, desqualificado e enterrado por nós há tempos.

2. Devo falar mal de Hugo Chávez porque ele se diz anti-imperialista e esse é um tema proibido na mídia há tempos.

3. Devo falar mal de Hugo Chávez porque ele funda um novo partido, quando martelamos todos os dias que todos os partidos são iguais, que são negativos, que sempre refletem interesses de grupinhos.

4. Devo falar mal de Hugo Chávez porque ele recupera o papel da política, quando todo o trabalho cotidiano da mídia é para dizer que a política é irrecuperável, que só a economia vale a pena.

5. Devo falar mal de Hugo Chávez porque ele vende petróleo subsidiado aos países que não podem pagar o preço do mercado - inclusive a pobres dos Estados Unidos -, o que evidentemente fere as leis do mercado, pelo qual tanto zela a midia.

6. Devo falar mal de Hugo Chávez porque ele é um mau exemplo para os militares, que só devem intervir na política quando seja necessário um golpe militar e nunca para defender os interesses de cada nação.

7. Devo falar mal de Hugo Chávez porque ele ataca a mídia privada e fortalece a mídia pública. Porque ele acabou com o analfabetismo na Venezuela, tema sobre oqual devemos calar. Porque ele vai diminuir a jornada de trabalho em 2010 para 6 horas e esse tema é odiado pelos patrões.

8. Devo falar mal de Hugo Chávez porque assim me identifico com os interesses do dono do meio em que trabalho, garanto o emprego, fortaleço os partidos e as empresas aliadas do patrão.

9. Devo falar mal de Hugo Chávez porque ele faz com que se volte a falar do socialismo, depois que nos deu muito trabalho tratar de enterrar esse sistema, inimigo do capitalismo, a que estamos profundamente integrados.

10. Devo falar mal de Hugo Chávez (e de Evo Morales e de Lula e de todos os nao brancos), senão eles vão querer dirigir os países, os jornais, as televisões, as empresas, o mundo. Será o nosso fim. (Emir Sader) http://www.agenciacartamaior.com.br/

sábado, 7 de julho de 2007

Marcha dos estudantes em Brasília


Cerca de 8 mil estudantes com bandeiras, faixas e rostos pintados participaram de uma passeata ontem em Brasília, na Esplanada dos Ministérios. A manifestação terminou com ato político em frente ao Banco Central. Os estudantes participam do 50º Congresso da UNE - União Nacional dos Estudantes, que termina amanhã. Reivindicam mudanças na política econômica do Governo com uma agenda voltada para os interesses nacionais, com desenvolvimento, distribuição de renda e geração de empregos. Reivindicam também a abertura dos arquivos do período da ditadura militar.

Para o presidente da UNE, Gustavo Petta, as transformações que vão colocar o país nos rumos do desenvolvimento passam necessariamente por mudanças na política econômica e pela saída do ministro Henrique Meirelles. Para Gustavo Petta, “o Meirelles representa a área mais ortodoxa da economia e descomprometida com os investimentos sociais. Sua permanência significa a manutenção das altas taxas de juros, o superávit primário e a conservação das benesses aos banqueiros e patrões do capital".
Ao longo do trajeto, coreografias e a irreverência característica do movimento estudantil, marcaram a passeata.