sexta-feira, 6 de julho de 2007

O futuro dos biocombustíveis

Na Conferência sobre Biocombustíveis, organizada pela Comissão Européia, em Bruxelas, na Bélgica, o presidente Lula garantiu aos países europeus que a produção de etanol e biocombustíveis será feita a partir de um programa de certificação, com a garantia de respeito ao meio ambiente, direitos trabalhistas e sociais. Ou seja, que não vamos nem produzir cana de açúcar na Amazônia, nem degradar terras e o meio ambiente no país ou desrespeitar direitos sociais e trabalhistas. Lula priorizou a necessidade de se organizar um mercado internacional de biocombustíveis, mas a realidade é que a Europa tem uma tarifa altíssima para o biocombustível, de até 55%. Para o petróleo, no entanto, ela é de 5%. Portanto, depois da certificação e da organização do mercado de etanol e biocombustíveis, teremos uma longa batalha para acessar os mercados europeus.
O presidente Lula lembrou, também, que ao contrário do petróleo, praticamente todos os países podem plantar oleaginosas e produzir biocombustível. Eu acrescento que o Brasil pode, deve e será a fonte de tecnologia, capitais e equipamentos para um programa mundial de produção de etanol e biocombustível, dentro de rígidas normas ambientais e trabalhistas, e com zoneamento agrícola, evitando-se assim o encarecimento ou a escassez de alimentos no mundo, pela perda de terras hoje produtoras de alimentos para as oleaginosas ou para a cana de açúcar.
Para nós não se trata apenas de ser um exportador de açúcar, etanol e biocombustível, mas sim um exportador de capitais, tecnologia,serviços e equipamentos. Isso é que conta. Esse é o nosso futuro. (fonte: Zé Dirceu )

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